Vai muito
além das gerais
Dona de
particulares encantos
E raras belezas
magistrais
Suas
histórias e mistérios são tantos
E ricas paisagens
sem iguais
Submersas,
há jazidas de pedras e cristais
Que se
espalham por todo canto
E minas
de preciosos metais
Recobertas
por delicado manto
De valiosas
florestas naturais
Sua
alegria começa em carnavais
Onde
marchinhas servem de acalanto
Para o
povo reunido em festivais
Mas as
marchas se estendem em dia santo
E se
findam lá pras bandas dos natais
Das
serras descem vias fluviais
E firmes
rochas promovem o decanto
Represando
suas águas em lindos cais
Mas
conchas se encontram, entretanto
Nas
margens de seus aluviais
Nas
estradas se perdem cafezais
Em
contraste com o gado em seu recanto
E equinos
relinchando nos currais
Café com
leite é sua marca, seu suplanto
Soberana
a bebidas mais formais
Buquês de
“sempre vivas” parecem algodoais
Derramando
pelas rochas puro encanto
E pelos
céus, brancuras angelicais
Também
ervas que espantam o quebranto
Compões vasta
rede de florais
Violeiros
se encontram em recitais
Dando o
tom para o povo em seu canto
Parcerias
que resultam em corais
E preenchem
suas noites de abrilhanto
Com divinas
melodias regionais
As beatas
nos salões paroquiais
Zelam pelos
dias sacrossantos
Recitando
textos dos missais
E o coro
de crianças em brancos mantos
Parecem
puros anjos celestiais
Há
riquezas em trabalhos manuais
Tão
perfeitos que causam espanto
Em
belíssimos objetos esculturais
Materiais
que vão do barro ao amianto
Compões lindas
peças artesanais
Palavras
faltam pra descrever seus arsenais
Não há
vocábulos para tantos encantos
És um
sonho, ó doce Minas Gerais!
Os que te
deixam, o fazem aos prantos
E os que
te conhecem, não esquecem jamais!
Má
Antunes, 07/05/2012.