segunda-feira, 7 de maio de 2012

DAS GERAIS PARA O PARTICULAR



Vai muito além das gerais
Dona de particulares encantos
E raras belezas magistrais
Suas histórias e mistérios são tantos
E ricas paisagens sem iguais

Submersas, há jazidas de pedras e cristais
Que se espalham por todo canto
E minas de preciosos metais
Recobertas por delicado manto
De valiosas florestas naturais

Sua alegria começa em carnavais
Onde marchinhas servem de acalanto
Para o povo reunido em festivais
Mas as marchas se estendem em dia santo
E se findam lá pras bandas dos natais

Das serras descem vias fluviais
E firmes rochas promovem o decanto
Represando suas águas em lindos cais
Mas conchas se encontram, entretanto
Nas margens de seus aluviais

Nas estradas se perdem cafezais
Em contraste com o gado em seu recanto
E equinos relinchando nos currais
Café com leite é sua marca, seu suplanto
Soberana a bebidas mais formais

Buquês de “sempre vivas” parecem algodoais
Derramando pelas rochas puro encanto
E pelos céus, brancuras angelicais
Também ervas que espantam o quebranto
Compões vasta rede de florais

Violeiros se encontram em recitais
Dando o tom para o povo em seu canto
Parcerias que resultam em corais
E preenchem suas noites de abrilhanto
Com divinas melodias regionais

As beatas nos salões paroquiais
Zelam pelos dias sacrossantos
Recitando textos dos missais
E o coro de crianças em brancos mantos
Parecem puros anjos celestiais

Há riquezas em trabalhos manuais
Tão perfeitos que causam espanto
Em belíssimos objetos esculturais
Materiais que vão do barro ao amianto
Compões lindas peças artesanais

Palavras faltam pra descrever seus arsenais
Não há vocábulos para tantos encantos
És um sonho, ó doce Minas Gerais!
Os que te deixam, o fazem aos prantos
E os que te conhecem, não esquecem jamais!

Má Antunes, 07/05/2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário