A castidade em que me guardo
É o fogo que te consome
E faz arder em tuas veias
O desejo pecaminoso
De acordar meus demônios
E o sonho
De adormecer em meu colo
À distância sigo teus passos
E sem perder o compasso,
Equilibramos na corda bamba
Da linha do tempo.
E a vida pende
Entre a loucura de viver incertezas
E a solidez de uma realidade morta
Mas não fecho essa porta
Abro os braços para um salto mortal
Atirando minha escassez
No poço dos teus desejos
Ávida apenas por um beijo
E pouso suave toda minha espera
Na voracidade da tua fome
Tornando-nos uno de alma e de carne
Tornando-nos
Um alguém que não tem nome
Má Antunes, 03/07/2013.
A verdadeira colisão entre a carne e o espírito, quando as manifestações de ambos vem com força, e nós os hospedeiros nos deixemos levar por sua força, sem sacrifícios, mas com gozo intenso.
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