sexta-feira, 17 de junho de 2011

SUTIL


Minha alma ta tão leve
Que de leve voa ao vento
Voa leve feito pluma
Procurando o seu alento

Vai quicando aqui e ali
Parece até bola de gás
Vai descendo de mansinho
Voa e cai em Minas Gerais

Minha alma ta tão leve
Que de leve ao vento voa
Voa feito passarinho
Viajando assim à toa

Sobrevoa o pé da serra
Pelas matas te procura
Corre rios e montanhas
Busca fonte d’água pura

Pra matar a minha sede
Só tua boca à minha serve
Não me venha c’outra oferta
Pois senão meu sangue ferve

Minha alma ta tão leve
Voa leve feito brisa
Te procura em toda parte
De saudade agoniza

Mas depois de muitos dias
Pés e asas criam calo
Não te acho em nenhum canto
Volto embora pra São Paulo.

Má Antunes, 17/06/2011.

Um comentário:

  1. Não te achava.
    Não te procurava.
    Só te cantava
    e assobiava.
    E sentia uma saudade agonizante
    nem sei direito do quê.
    Mas sei exatamente do quê.
    É da leveza, da fineza, da gentileza, da beleza,
    da simplicidade,
    da inocência e da sutileza.
    Nunca te vi, mas sempre te apreciei
    e cantei.

    Beijos agulhitos
    do Tatito.

    1luthier.blogspot.com

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