O corpo
que ferve
No
estalido da lenha
Nas
brasas mansas
Do nosso
fogão
É mais do
que fome
É mais
que apetite
É mais
que paixão
É tempero
mineiro
Que
amacia a carne
A espera
da sova
Das tuas
mãos
Partes
cobertas
Com
folhas de couve
Disfarçam
intenções
Do meu
corpo nu
O suor
que escorre
Salga o
couro
Deixando
molhado
E tenro o
tutu
Desejo
ardente
Frita o
torresmo
E
apimenta o angu
Trunfados
os pelos
A pino
esperam
Pra ferir
tua boca
Tal como
pequi
Vontade
febril
Pururuca
a pele
E escalda
a loucura
Num afã
frenesi
O calor
desse fogo
Deixa
tudo em chamas
Num
vermelho rubi
Neste
banquete
Sou mais
que comida
Sou tua
bandida
Sou tua
refém
A mesa
está posta
São
apenas dois pratos
Só eu e
você,
Mais
ninguém
Passam as
horas
A carne
queimando...
Será que
você vem?
Má
Antunes, 28/12/2011
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