Talvez eu
termine meus dias
no
silêncio do bater de asas
de uma
borboleta.
Talvez eu
termine meus dias
no canto
de um passarinho.
Talvez,
quando amanheça
eu seja o
brilho
na gota
de orvalho.
Talvez eu
seja o galho
que ampara
a flor para o beija-flor
e dá
suporte ao ninho.
Talvez eu
desperte, serena,
sereia
nas águas doces
que
escorrem dos olhos da montanha.
Talvez eu
seja apenas o lamento
da folha
seca que cai
na despedida
do outono.
Talvez eu
termine meus dias
no sorriso
inocente da criança
empinando
a pipa nos campos
Talvez eu
renasça
no último
suspiro da velhice
Talvez,
quando a morte vier me buscar
eu esteja
tão distraída
olhando a
luz das estrelas
que ela
passe, completamente,
despercebida.
Má
Antunes, 03/08/2012.
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