terça-feira, 21 de dezembro de 2010

SONETO DE NATAL



As canções se ouvem do oriente,
Aos cunfins da terra neste dia,
Dando glória a Deus pelo inocente,
Que ora habita a humilde estrebaria.

E Papai Noel o velho agente,
Vai de porta em porta qual mania.
Distribuindo aqui e ali um presente,
Vendo em tudo um riso, uma alegria.

Mas a mim, Noel, essa mania,
Não me “cola”, é coisa de inocente.
Pois qual desses teus me serviria?

Nenhum deles, creias, certamente
Que jamais, meu velho, encontrarias.
Pois já deste há tempos o meu PRESENTE.

Por meu pai, Henrique Rogério Antunes, que presenteou minha mãe com este soneto no natal de 1960.

2 comentários: