quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

DESENCANTOS



E o que era fantasia
Congelou,
Em solidão de guerra fria
O encanto se quebrou,
Morbidez do dia a dia
Num instante aquietou,
Feito mar em calmaria
Em partículas dispersou,
Como pó em ventania
Quebrou algemas, libertou,
Um escravo em alforria
Num passado transformou
Uma lembrança, nostalgia
Riu de mim, até zombou
Um destino em ironia
Sofrimento em mim lançou
Coração em agonia
Um diálogo cessou
Só silêncio, afasia
Sem abrigo me deixou
Implorando moradia
E agora aqui estou
Sem a tua companhia

Má Antunes, 19/12/2011

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