Teve infância pobre
Ia pra escola descalço
Mas aprendeu como um nobre
Não tinha lápis nem papel
Mas tinha força de vontade
Em um único ano
Duas séries ele fundiu
Chegou a passar fome
Mas mesmo assim,
Não perdeu a honestidade
Os anos se passaram
O ensino concluiu
Se formou profissional
Aproveitando
Uma só oportunidade
Conquistou seu grande amor
Família constituiu
Adquiriu pequenos bens
Até se achava rico
Mas sem perder a humildade
Foi grande pai, trabalhador
Um nome construiu
Foi poeta e escritor
Mas nunca vi meu pai
Cometer uma maldade
Algumas coisas
Medeixou quando partiu
Mas as virtudes
Meus bens mais valiosos
Guardo em cofre de verdade
E pelo dom de escrever
Hoje sou só felicidade
Má Antunes, 10/09/2010.
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