domingo, 3 de outubro de 2010

O DIAGNÓSTICO

Uma junta médica reunia-se em torno do paciente numa discussão incessante na tentativa de chegar a um diagnóstico conclusivo. Cardiologista, Neurologista, todos os “istas” disponíveis no hospital. Até um Psiquiatra compunha a tão numerosa equipe.
O paciente apresentava os seguintes sintomas: sudorese profusa, pupilas dilatadas, torpor, taquicardia, tremor, falta de apetite e risos sem motivo. Várias literaturas foram consultadas sem apresentar uma causa comum, tudo parecia indicar uma doença rara.
Inúmeros exames foram realizados: eletrocardiograma, eletroencefalograma, ecocardiograma, tomografia, ressonância magnética. Aplicaram todos os exames possíveis e nada, nada parecia indicar uma razão específica.
Exaustos, depois de várias horas de discussão, uma pausa para um cafezinho. A copeira entra e, enquanto servia a equipe, projeta um olhar curioso em direção ao paciente surpreendendo a todos com um diagnóstico certeiro: “Vixi, é paixão! Essa tem cura não!”


        Má Antunes, 08/05/2010.

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