domingo, 3 de outubro de 2010

PENETRAÇÃO


Muito ela resistiu àquele momento. Apenas um charme, fazendo-se de pudica para aguçar a ansiedade e o desejo dele. Fingiu não entender suas reais intenções deixando-se arrastar para a armadilha que ele ardilosamente preparou.
Um casebre à beira do lago numa bela noite de lua cheia. Nem mesmo os sapos e grilos, entretidos em suas sinfonias, testemunhariam o ato de perdição.
Ela abre a porta lentamente avistando apenas à silhueta dele desenhada pelos raios dos candelabros. Hipnotizada pelo olhar fulminante que ele lhe atira, ela desliza até a cama deixando cair as peças de roupa pelo caminho.
Extasiado pelo encanto de quem constata a beleza de seu corpo, ele a toca suavemente delineando cada traço de seu delicado contorno. É mais perfeita do que eu imaginava! Diz ele apenas com a expressão de seu rosto, enquanto sua boca procura os mamilos enrijecidos dela.
Carrega-a no colo e a posta suavemente sobre a cama para, enfim, a consumação do seu desejo. Abre as bem torneadas pernas dela e admira seus lábios carnudos e púrpuros. Desliza seu corpo sobre o dela percorrendo sua língua de sul a norte.
E sentindo finalmente a penetração ela urra num longo gemido enquanto o sangue escorre pelo punhal cravado em seu abdome.

Má Antunes, 06/07/2010.

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